
Que riqueza sinto
quando te vejo
sinto-me assim farto
pela tua tamanha beleza
clara e transparente
quero-te assim
ìntima…
serena…
despida de gente
mostra-me os segredos
que guardas
em teu interior
deixa-os na praia
pra vê-los melhor
a cor das pedras
as formas das conchas
o relevo macio da areia
em meus pés à beira-mar
da brisa marinha encho
a minha vela de sonhos
contruo castelos de areia
que se diluem no mar
ouvir a tua voz baixinho
na língua das ondas
convences-me que a vida
é muito maior
maior que a pequenez
maior que a altivez
que apesar da tormenta
renascemos outravez
no teu corpo cristalino
vejo que falas verdade
vejo peixes e algas
que nunca tinha avistado
então…
despido de preconceitos
mergulho em ti Despina
enquanto nado leve
do peso terreno
relembro as tuas palavras
e de teu líquido amniótico
rompo e renasço.