Rasga-me a pele e repara
tudo o que tenho é um nada
onde tudo que une se separa
ao insano golpe da tua facada,
não sou mais eu do que tu
por mais que cortes
sou apenas um
quando chega a morte,
aquela que fica
depois de mim
a suportar o peso
que tem o fim,
Comigo foi o amor
deixo-te a matéria
para veres nela dor
da tua miséria,
julgamento, terás,
teu corpo está condenado
na pena de viver carregado
com a morte antes de tê-la.