Vencedor não se faz de vitorias,
mas, pelas vezes que se levanta!
"Pipin" Ferreras
A baixa resolução pretende ser um espaço de pensamentos "desmundanos". O ser humano tem uma visão de baixa resolução para com o mundo. Este blog é apenas um dos pontos.
sexta-feira, julho 30, 2004
quinta-feira, julho 29, 2004
A gente não lê
Ai senhor das furnas
que escuro vai dentro de nós
rezar o terço ao fim da tarde
só para espantar a solidão
rogar a deus que nos guarde
confiar-lhe o destino na mão
que adianta saber as marés
os frutos e as sementeiras
tratar por tu os ofícios
conhecer-lhe o corpo pelos sinais
e do resto entender mal
soletrar assinar de cruz
não ver os vultos furtivos
que nos tramam por detrás da luz
ai senhor das furnas
que escuro vai dentro de nós
a gente morre logo ao nascer
com olhos rasos de lezíria
de boca em boca passar o saber
com os provérbios que ficam na gíria
de que nos vale esta pureza
sem ler fica-se pederneira
agita-se a solidão cá no fundo
fica-se sentado à soleira
a ouvir os ruídos do mundo
e a entendê-los à nossa maneira
carregar a superstição
de ser pequeno ser ninguém
e não quebrar a tradição
que dos nossos avós já vem.
Carlos Tê
que escuro vai dentro de nós
rezar o terço ao fim da tarde
só para espantar a solidão
rogar a deus que nos guarde
confiar-lhe o destino na mão
que adianta saber as marés
os frutos e as sementeiras
tratar por tu os ofícios
conhecer-lhe o corpo pelos sinais
e do resto entender mal
soletrar assinar de cruz
não ver os vultos furtivos
que nos tramam por detrás da luz
ai senhor das furnas
que escuro vai dentro de nós
a gente morre logo ao nascer
com olhos rasos de lezíria
de boca em boca passar o saber
com os provérbios que ficam na gíria
de que nos vale esta pureza
sem ler fica-se pederneira
agita-se a solidão cá no fundo
fica-se sentado à soleira
a ouvir os ruídos do mundo
e a entendê-los à nossa maneira
carregar a superstição
de ser pequeno ser ninguém
e não quebrar a tradição
que dos nossos avós já vem.
Carlos Tê
quarta-feira, julho 28, 2004
Fumos nas Janelas
Silencio!
Ela canta o fado de um país que arde de ignorância
numa moral de mercearia em que a alma se finda,
revelando as cores da bandeira.
Oiçam!
As guitarras tocam num dedilhar ininterrupto
melodias sufocantes
alimentadas pelo tilintar das moedas
no chapéu do proxeneta,
cujo espirito se delimita
numa cruz em fio d'ouro.
Vejam!
Como a vida é fugaz
aos olhos de quem não a vê…
Sintam!
que sentimento só existe com vida.
Luis do Nascimento
Ela canta o fado de um país que arde de ignorância
numa moral de mercearia em que a alma se finda,
revelando as cores da bandeira.
Oiçam!
As guitarras tocam num dedilhar ininterrupto
melodias sufocantes
alimentadas pelo tilintar das moedas
no chapéu do proxeneta,
cujo espirito se delimita
numa cruz em fio d'ouro.
Vejam!
Como a vida é fugaz
aos olhos de quem não a vê…
Sintam!
que sentimento só existe com vida.
Luis do Nascimento
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